Lar
Esses dias fui com uma amiga a uma exposição no Tate Modern do Do Ho Suh, um artista sul-coreano, que falava basicamente sobre o lar.
“Is home a place, a feeling, or an idea? Suh asks timely questions about the enigma of home, identity and how we move through and inhabit the world around us.”*
Várias das obras traziam a ideia de que levamos nosso lar conosco, mas explorando também os aspectos mais físicos e básicos do que é um lar e que não levamos quando nos mudamos: janelas, maçanetas, interruptores, portas, paredes. É mesmo, até esses detalhes fazem um lar, né?
Voltando ao texto de apresentação da exposição: eu acho que lar é um lugar, um sentimento, uma ideia e muito mais. O lar vai além do lugar, de um lugar específico, de uma coisa física.
Lar pode ser uma sensação, uma pessoa, algumas lembranças.
Lar pode ser um sotaque.
Uma empresa onde você trabalhou, será? Mas só se as pessoas forem as mesmas, eu acho.
Pessoas integram um lar, a ideia de um lar.
Lar é uma época.
Lar é quentinho. Leve. Familiar.
Lar é um quarto ou um país.
Lar pode ser mais de um.
O que é um lar é realmente uma questão para quem mora fora. Talvez não tanto pra quem nunca tenha deixado o que entende como lar. Sei lá. Tenho uma foto de um quadro que diz “home is the place you left” (“lar é o lugar que você deixou”) o que para nós faz sentido, mas ao mesmo tempo lar é o que você construiu, onde você se encontrou. Sim, lar pode ser o lugar que você deixou mas que sabe que, quando e se voltar, vai se sentir acolhido lá.
Lar é acolhimento.
Ficamos pensativas depois de irmos à exposição, por sinal muito bonita e interessante. Lar é presente ou é passado? É onde estão seus pais ou seus filhos? Sua história ou seu agora?
O que vocês acham? Lar é um conceito importante pra vocês?
* Lar é um lugar, um sentimento, ou uma ideia? Suh faz perguntas oportunas sobre o enigma do lar, da identidade e de como nos movemos e vivemos pelo mundo ao nosso redor.

